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Prisma

by Murilo Silvestrim

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1.
Tocando a vida – Murilo Silvestrim Quando a pele toca com a pele, o toque é alma Quando a água toca o céu, e o toque é traço Quando a alma toca a outra alma e o toque é lento, absoluto Quando os olhos tocam e os sinos tocam e há sentido em ser Toque uma canção de amor, em cada jornada há uma lição Para sentir basta se permitir e seguir Toque uma canção de amor, em cada jornada há uma lição Para sentir basta se permitir e seguir uma direção tocando a vida Quando o sol se toca com a terra: apaga a lua Quando o sentimento é bom e o toque é cura Quando o toque inflama e a paixão derrama lava, re-harmoniza Quando os olhos tocam e os sinos tocam e há sentido em ser Toque uma canção de amor, em cada jornada há uma lição Para sentir basta se permitir e seguir Toque uma canção de amor, em cada jornada há uma lição Para sentir basta se permitir e seguir uma direção tocando a vida Uma direção Tocando a vida  
2.
Deixa chover - Murilo Silvestrim Deixa chover, já está tarde Pra saber se a água pode nos salvar, ou afogar Se há tempestade em mim tudo um dia há de passar Se sou vento, raio ou trovão Deixo chover e chorar Se não consigo explicar talvez deva rir Ou te sorrir pra você ver que estou aqui Não posso chover sem nuvens no céu Não quero te olhar sem me proteger Sou como você, se a água vier deixa chover Se sou vento, raio ou trovão Deixo chover e chorar Se não consigo explicar talvez deva rir Ou te sorrir pra você ver que estou aqui Não posso chover sem nuvens no céu Não quero te olhar sem me proteger Sou como você, se a água Se há água no olhar, deixa chover Se o vento levar e a terra acolher, deixa chover
3.
Imendisão 06:25
Imensidão – Murilo Silvestrim Imagine a imensidão em todo o seu esplendor O paraíso em suas mãos pintado em lápis de cor Dona da força é você, as cores vibram ao te ver O tempo é água nos seus pés Senhora do próprio viver, caminho e foz de todo amor Me vanglorio por você Então eis uma canção pra você ser feliz Eu canto com o coração, pra você ser feliz
4.
Menino de mim – Murilo Silvestrim Olha pra esse menino que governa a minha vida Que faz da vida um altar Olha pra esse menino que me ri quando eu tô sério Que me causa um revertério quando quer se expressar Que me toma de assalto quando eu menos espero, que me espera nas portas da canção Que me caça, gato e rato, nos confins do meu império, que é só pra eu me encontrar Olha pra esse menino que é sensível aos teus olhos Que vive no seu olhar Olha pra esse menino que me vira do avesso Que acredite em recomeço sem saber onde vai dar Que renova as esperanças como quem troca de roupa, e sabe as cores da estação Que se abriga no mistério de viver acreditando não haver exatidão Menino de mim, te espero enfim Vamos brincar de adivinhar Se o sono não vem seguimos no trem para as terras de cá Menino de mim, te espero no fim Vamos brincar de adivinhar Se o tempo deixar e você me amar, juntos seguimos então Para as terras de cá, juntos seguimos no trem Se nosso tempo deixar, juntos seguimos então
5.
Junqueira 03:52
Junqueira – Murilo Silvestrim Pé de jaca depois da cerca farpada Areia branca nos pés, textura da cana cortada Pedra redonda de rio a ser estilingada Goiaba, galinha e café, o velho e sua bengala Beira-Cova passa, encontra o tesouro em mim As luzinhas na estrada, saudade que não tem fim Sombra e passarada, levem essa canção De volta à terra amada, Junqueira do coração
6.
Tudo que há de ser – Murilo Silvestrim O breu dos temporais, o aperto da paixão, o abraço do amor E tudo mais que é sem precisar dizer, tudo que há de ser sem precisar As roupas no varal, a cor das flores, a inércia do banal E tudo mais que é sem precisar dizer, tudo que há de ser sem precisar O som da chuva a tamborilar, o som do coração O espaço imenso de alguém que nos deixou, e tudo mais Tudo mais que é sem precisar dizer A dor na solidão, o fim de tudo, a glória de vencer E tudo mais que é sem precisar dizer, tudo que há de ser sem precisar O olhar dos animais, o sal do mar, as almas ancestrais E tudo mais que é sem precisar dizer, tudo que há de ser sem precisar O dom da vida a cada inspiração, o tempo sempre brincalhão A luz da lua que abranda a escuridão E tudo o mais, tudo o mais que é sem precisar dizer O vento errante omnidirecional A luz e a sombra, o instante que passou Felicidade: um caminho a percorrer E tudo o mais, tudo mais Tudo que já foi e que há de ser.
7.
Casa de verão – Murilo Silvestrim Nesta tarde fria e tenaz, preso num automóvel Convulso lágrimas, mornas lágrimas Penso que devo sair de mim para encontrar o céu de bronze Quero brilhar também Cai a noite em meu vazio, me verso rabiscado E então me faço só, liberto a minha voz E voa no espaço esse pássaro som, para te encontrar ao longe Quero amar alguém Penso qual é meu lugar, sinto então saudades Do café da mãe enquanto eu escrevia Quero ir de encontro às florestas de mim, ainda que me doa o medo Quero chegar ao fim Crio asas no vapor de um mate com canela Começo a me aceitar, recebo a solidão Colho um morango na horta do pai, sei que vou embora em breve Vou-me pra nunca mais Quero chegar ao fim Adeus casa de verão
8.
Quando soarem os sinos – Murilo Silvestrim Quando soarem os sinos da igrejinha, e o orvalho no vidro prismar o sol Sob nosso sorriso, nosso templo de amores Me farei nos teus seios, me direi nos teus lábios E no escuro onde ambos percorremos distâncias Voltaremos sem a pressa, nada mais interessa Nada temos que nos faça menor ou redutível Quando soarem os sinos da igrejinha Me terei nos teus olhos, versarei teu lirismo E no escuro de um abismo onde as cores se escondem Viveremos preto e branco, sem a dor da promessa Nada temos que nos faça menor ou redutível No silêncio nos teremos, sem que a fala comprometa No contraste da aurora, no suor que aflora Um ser pleno e absoluto Quando soarem os sinos

about

Prism is the first CD of the Brazilian musician Murilo Silvestrim . Murilo is part of the new wave of composers who work with songs and their most subtle and delicate senses.


Prisma veio de um raio de luz que entrou pelo vão do blackout do quarto. Sou acordado por uma explosão de cores projetada, a antiga sala de cinema do tempo distorcido. O raio de luz se decompõe no vidro do aquário, fixando na lembrança uma imagem onírica. As paredes e a cama brilham intensamente no ritmo da água tremeluzida pelos peixes. As cores me derretem, são tintas a correr pelas minhas veias. De repente explodem minha pele em montes de pássaros a costurar o mundo das ideias, soando os sinos do mais profundo abismo da alma. De repente me faço absoluto durante alguns segundos. Uma coragem dos ossos inflama meu tutano. Meus olhos escuros chicoteiam o mundo. Penso que devo fazer um disco. Penso que a vida se faz nos outros. Que os sentimentos e suas policores radiantes pintam som num mundo paralelo ao nosso, a dimensão sensorial onde habitam os sentimentos. Sou transportado para lá. Me faço desse mundo. Pequenas gotas flutuam no espaço. Nossa partícula divina. A luz nos atinge por todos os lados. Nos trespassa e prisma nosso sentimento nos outros. Nada mais interessa, para além do toque supremo das almas espelhadas. Chovemos sobre os outros em torrentes cósmicas, em tempestades siderais. Tudo é vibração no espaço. Rasgam o céu os raios de imensa vivacidade e movimento. Dançam com a graça de um animal selvagem. As pessoas deixam rastros. Num barco de raízes trançadas, flutuo nos traços de alguém, num rio transparente em lugar nenhum. Há um ponto de convergência, um centro de atração gravitacional. A música começa a penetrar minha tinta. Sorrio em minhas cores. Estou chegando em casa. Adormeço sem medo e deslizo suavemente pra outro lugar. Quero me encontrar e chegar ao fim. Adeus casa de verão.

credits

released August 5, 2016

Direção musical: Murilo Silvestrim
Arranjos: Faixas 1 e 2 Cassiano Wogel; Faixa 3 João Kluber; Faixa 4 e 7 Murilo Silvestrim e Guilherme Silveira, Faixas 5 e 8 Murilo Silvestrim e Lucas Guedes; Faixa 6 Érica Silva
Direção técnica e gravações: Guilherme Silveira
Edições: Murilo Silvestrim e Guilherme Silveira
Mixagem e masterização: Fred Teixeira (Gramofone)
Ilustração e design gráfico: Caroline Lemes
Gravado nos estúdios Portátil, Vox Dei e Gramofone entre setembro de 2014 e março de 2106.
Produzido por Murilo Silvestrim (2016)
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.

1. Tocando a vida [00:00] (Murilo Silvestrim) – Murilo Silvestrim violão e vocais, Cassiano Wogel arranjo e contrabaixo, Mateus Santos violinos, Daian Gobbi acordeon, Gabriela Bruel percussão (moringa, prato e espátulas), Mirela Fortunatti flauta transversal.

2. Deixa chover [02:45] (Murilo Silvestrim) – Murilo Silvestrim violão, guitarra, sintetizadores, sinos, vocais e edição de efeitos, Natalia Bermúdez vocais, João Kluber sintetizadores, Cassiano Wogel arranjo, Gabriela Bruel percussão (conga e woodblock)

3. Imensidão [07:19] (Murilo Silvestrim) – João Kluber piano e arranjo, Murilo Silvestrim vocal, Fred Teixeira sintetizador.

4. Menino de mim [13:44] (Murilo Silvestrim) – Guilherme Silveira violões e arranjo, Murilo Silvestrim vocais, violão, viola de 10 cordas e arranjo, Érica Silva contrabaixo acústico e arranjo, Gabriela Bruel percussão (Cajon e triangulo), Jessie Rolim vocais

5. Junqueira [16:32] (Murilo Silvestrim, Ju Silvestrim) – Murilo Silvestrim violão, vocais, arranjo, edição de efeitos, Lucas Guedes violoncelos e arranjo, Érica Silva viola de 10 cordas, Gabriela Bruel apitos de pássaros

6. Tudo que há de ser [20:23] (Murilo Silvestrim) – Murilo Silvestrim violão, vocais e arranjo, Rachel Ramos sax soprano, Érica Silva contrabaixo acústico, guitarra e arranjo, Matheus Ferreira bateria, Gabriela Bruel percussões

7. Casa de verão [25:33] (Murilo Silvestrim) – Murilo Silvestrim violão base e vocais, Guilherme Silveira violões solo.

8. Quando soarem os sinos [29:50] (Murilo Silvestrim) – Murilo Silvestrim violão, vocais, vibrafone e edição de efeitos, Mateus Santos violinos, Lucas Guedes violoncelos, Gabriela Bruel percussão (espátulas, sinos e pratos)



Nosso gigantesco agradecimento a todo o time de músicos e amigos que de alguma forma deram um pouco do seu amor e energia para esse projeto se concretizar. Um agradecimento especial a Mário, Silvia e Ju Silvestrim: família que me apoia e ajuda a sustentar o sonho da música; Paulão Silvestrim pelos primeiros acordes e apoio total; Guilherme Silveira e Rachel Ramos pela amizade e parceria; Nilzete e Celso Ramos, Aline Heibel, Cassiano Wogel, Érica Silva, André Russo, Fred Teixeira, Gabriel Chueiri, Caio e Daniel Almeida, Eduardo Perine, Maria Alice Rodrigues, Albina Mosciati, Gabriela Bruel, Paulo Rodrigues e Art Sonora, Laizi Martins, Adilson Delaim, Caroline Lemes, Raphael Rosa, Luizinho Ivanqui, Isaac Dias e Tonico.

Esse disco é dedicado à memória de João Carlos de Paula Rodrigues e Mário Silvestrim.

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about

Murilo Silvestrim Curitiba, Brazil

Murilo Silvestrim is a composer , guitarist and Brazilian singer . He loves songs and seeks inspiration in nature and people around.
Their first album is called Prism and plays with the idea that all people are diamonds that "prism" their feelings and energies in others and in the world, influencing and recreating senses.
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